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domingo, 8 de fevereiro de 2015

"Saturno - O símbolo e o mito


"Saturno  - O símbolo e o mito
Eu fiz alguns comentários com letra azul.

A COESÃO DO MUNDO VISÍVEL

Saturno destrona o pai, Urano, arrancando-o ao abraço eterno que o liga a seu par. Obriga-o, assim, a derramar sua semente na multiplicidade potencial das formas. Mas não pode conservar um poder usurpado: as forças titânicas uranianas liberadas se revoltam contra esse novo mestre que quer encerrá-las nos limites do Tempo.

E seu filho, Júpiter, que saberá fazer delas aliadas e Saturno entra na sombra, que é seu domínio, deus relegado por seus seis filhos para o segundo plano de um panteão que rejeita o condenado para melhor levar a termo sua obra procriadora.

Nós todos somos da sua linhagem, mesmo que a malícia do Senhor dos Anéis seja nos fazer crer o .... contrário. Ele é aquele que nega a Unidade. Guardamos graves resquícios disso.

O Egito, sob o nome de Set, o crocodilo do Nilo, irmão de Osíris, não o condena. Deus noturno, Set trava o combate perpétuo da sombra contra a luz, mas sua ação fecundante é divinizada nos limites da Terra.

Ele representa a necessidade de onde procedeu a criação, por um desejo interno irresistível. Este universo não é estável e depende da vontade de cada criatura de mantê-lo. Isso só é possível através dos ritos particulares, constantemente renovados. Cabe aos humanos dar-lhe uma duração.

A lenda de Set fala, portanto, de uma constante representação do mundo pelo mental, sem o qual a ilusão de sua solidez e de sua perenidade voaria em pedaços. De certa forma, uma vez saído do vazio do Caos inicial, Atoum, o Criador, confiou a suas criaturas a responsabilidade de manter sua obra. O Todo pertence doravante a todos.

Sem esta conceituação consciente, as formas voltariam ao caos, à instabilidade fundamental que é sua verdadeira natureza. Para os egípcios, não existia nenhuma realidade objetiva do mundo fora da idéia que dele fazemos.
Mas o Vazio (o Sunyata dos hindus) não é o nada. Preexiste para além do universo das formas. Onipresente e sempre fecundador, o Espírito se serve desta matéria inicial (a Prakriti) para engendrar uma representação física e tangível desta energia fundamental. São estas as forças formativas das quais fala o budismo e que a função saturnina se encarrega de organizar.

Um dia, o mundo visível foi criado, todas as tradições concordam com isso, e a energia do mental Saturno — usurpou-o para satisfazer seus interesses. Nesse mundo, confirmam os celtas, não existe nenhuma direção precisa: cada um nele descobre a sua e a fixa ao sabor de sua vontade.

E um país de neblina (correspondendo ao mundo cinzento dos infernos tibetanos), onde nos esforçamos para deixar nossas marcas, na nossa angústia de não sermos nada. Seria o mental que geraria a idéia de um futuro, de uma condenação, de uma finalidade, de um tempo concedido e limitado, e o mental é que se serviria de energia do desejo para nutrir Bhavana, o Vir-a-Ser, atribuído a Saturno, que corresponderá à imagem que dele fazemos.

Bhavana é como uma trama energética na qual se gravam nossas atrações. Ela é realizadora. Cada um nela cria seu futuro na sua medida e o inscreve nas três energias fundamentais dos elementos.

Este número 3 corresponde à trindade científica, Medida-Número-Espírito, dos hebreus. Encontra sua correspondência na India, na Trimurti: Brahma, o espírito criador, estabiliza-se nas manifestações magníficas e inumeráveis de Vishnu (o equivalente de Saturno), e estas representações, suspensas por um instante no Espaço, são devolvidas ao nada pela dança perpétua de Shiva.

E o filho de Vishnu, Krishna, que cria as formas sobre sua flauta, tal como o deus Pã dos gregos. E preciso que o Som (Vênus) seja emitido constantemente para que a ilusão se mantenha: a Terra fértil do Touro, no zodíaco, o acolhe para manifestá-la até Capricórnio.

Ali se encontra o portal, que ninguém pode transcender, o limite dos mundos, o limite de toda intromissão mental e de todo conceito.

Lá se cria, também, a obrigação fundamental para toda criatura de encarnar-se pelo tempo necessário para que a reunificação se realize no cumprimento de todos os seus desejos terrestres (relação Marte-Júpiter-Saturno reunificada em Urano).

Saturno, para os gregos, leva o nome esotérico de Macário: O Bem-aventurado. Makaira, em sânscrito, é Mahakala, o mestre do mundo, divindade aterrorizante que segura a Roda da Vida nas garras, sempre pronta a reduzi-la a nada. Os crânios que carrega como terço em volta do pescoço e da cabeça, e das mãos ornadas por garras monstruosas, riem às gargalhadas: são os risos dos libertados, cuja alegria enche o Universo. Eles compreenderam que as doze causas fundamentais que provocam o encadeamento aos renascimentos infinitos eram obra sua e pararam de acreditar nelas.

Mas esta crença era necessária para garantir a coesão do mundo visível. Ninguém pode agir, criar, pensar fora de certos limites organizados. Uma vez o quadro (o mental) posto no lugar, o mundo gira sobre seu impulso. O deus exilado não é menos onipotente: nos cerceia, nos define e nos mantém em limites tão estreitos que se tornam sufocantes.

O limite do mundo criado tornou-se nossa própria limitação mental, nossa incapacidade de saber, nossa ignorância fundamental das leis da vida.

Procuramos por toda parte representações de nós mesmos e de nossa finalidade. Chocamo-nos sem parar com nossos próprios limites: os do ego, que se quer objetivo, analítico, concreto, observador, científico e não pode imaginar um universo onde ele não existiria.

A serpente morde o próprio rabo, procurando sua origem fora de si mesma, fazendo a projeção dos autores da própria condenação. Ela dá a volta em uma visão do mundo reduzida aos seus próprios funcionamentos e tenta interpretar, compreender, a palavra-chave do mental, com instrumentos magníficos e irrisórios.

Isto, em psicologia, se chama identificação: a procura de modelos de referência estáveis pelos quais nos definimos, pensamos, nomeamos as coisas, manifestamos nossa vontade de controlar os acontecimentos e de justificar as interpretações que deles fazemos.

O Pai, imagem imanente de Saturno, é o modelo de referência absoluta e, por extensão, atribuiremos, aqui, ao planeta toda a identificação às normas, à moral, ao modelo procurado ou admitido, à definição pessoal concedida sobre o nome e a forma: identidade, país, pátria, filosofia (leis mentais) do meio natal ou social, modo de vida, etc.

Cada um carrega o Pai , a lei internalizado inconsciente em sua existência. A consciência do grande Pai da Unidade que está refletido no microcosmo individualizado, libera a lei que pune e expulsa e permite o dharma da liberdade para a felicidade.

Esta redução do ser àquilo pelo que ele é designado e àquilo pelo que ele se reconhece é tão característica na linguagem dos saturninos dominantes e tão caricatural nos saturninos retrógrados que é preciso atribuir como prioridade a este planeta esta busca esterilizante de referências fixas como objetivo.

E a segurança, necessária à sobrevivência de todo ser humano, que está em jogo aqui. Esta segurança, objetivamente necessária, torna-se neurose e até psicose, quando é consignada ao prolongamento dos modelos recebidos e à manutenção da inércia que caracteriza a função mental.

Tudo que a ameaça, através de nossos modelos estabelecidos, nos faz urrar de medo. A mente organiza, então, sua defesa, que vai da delimitação do campo de território controlável ao fechamento total, rejeitando tudo o que poderia prejudicar sua visão estática das coisas, sua vontade de continuidade na mesma direção: a do conhecido, do aprendido, das fixações intelectuais tomadas como referências absolutas.

A criança que não encontrou no lar natal esta estabilidade de modelos, ou cujas referências de segurança foram destruídas, pode viver em uma angústia permanente de vê-las pisoteadas pelos outros.

A criança que não encontrou um Pai/Mãe acolhedores sofre a ausência do continente, do porto seguro e terá que aprender a ser Pai/Mãe de si mesmo. A figura Divina da Mãe é um símbolo que cura a criança ferida.

Numerosas consequências decorrem disso, desde a agressividade à menor insegurança, até a paranóia de perseguição, passando pela anorexia, a esquizofrenia, o bloqueio absoluto das escolhas ou a busca permanente de responsabilidades para conjurar um sentimento persistente de culpa.

A mente é feita de tal maneira que, no seu círculo egocêntrico de referências, atribui a si tudo o que acontece e faz a repetição de carma, de vir-a-ser, fundamentado no arrependimento de não ter podido controlar as coisas e mantê-las de acordo com seus próprios objetivos.

A culpa e a punição internalizada penaliza e exclui a pessoa da Graça da abundância da vida. Aquele que carrega dentro de si um juiz severo que puni, castra, exclui e amaldiçoa o outro, assim será julgado por este mesmo juiz implacável.

Possivelmente você corre o risco de entrar para uma religião implacável, severa, que irá colocar você de joelhos, para servir ao comando das “Leis do templo”.

Não há perdão redenção, liberação para o juiz implacável

Não conseguindo governar o mundo, acusa-se facilmente de ser fomentador de todos os distúrbios e fecha os punhos para afirmar sua vontade de reparar os males... que muitas vezes lhe foram feitos. E preciso que haja culpa, diz a organização mental. Pois, se não houvesse culpado..., no interior ou no exterior, quem poderia explicar por que tudo isso acontece, por que o mundo é um inferno?

O saturnino confunde facilmente sua própria visão do mundo com a realidade universal. Onde está o maldito, o esperto, autor de todo esse “mal”? Onde está esse deus pronto a retalhar se ele não se alinhar na regra, na ordem...? Ele não sabe e o designa por toda parte, em todos os outros.

”Eles” não querem que ele seja livre. E esse “eles” generalizante enche o mundo de sombras projetadas que o tornam surdo a quem não entra nesse quadro estreito de interpretações. Quando o peso do comportamento cresce, quando a auto limitação se torna cadeia, quando a necessidade de segurança e de controle confina-se no pânico, Saturno torna-se retrógrado.

A mente se torna imóvel, imutável, refratária a qualquer influência externa. Só procede por dogmas e por crenças:
chegou à maldição de Saturno, amaldiçoa-se e condena os outros.

Retrai-se, instala-se nos seus reflexos, se isola do mundo, se protege contra seus fantasmas, organiza um quadro à sua medida, no qual tudo é repressão. e denuncia, na sua visão avara das coisas, a esterilidade da Terra, rejeitando a cornucópia de abundância que nela se derrama como um engodo que só poderia voltar-se contra ela.

O que poderia entrar nesses punhos fechados, que se recusam tanto a dar como a receber? Eles têm medo que alguma coisa lhes escape, medo de não controlar suficientemente o imponderável: a morte física no fim do caminho.

Bhavana retoma esses desejos lamentáveis e os transporta para a trama do tempo, para o dia em que eles encontrarem de novo uma terra fértil para encarnar. Uma nova terra a ser possuída na relatividade do espaço-tempo.

SABEDORIA DE SATURNO
Na organização social, a moral é uma necessidade. O budismo não se engana sobre isso e define vários níveis de compreensão das leis da vida segundo a receptividade de cada um.

Certas regras, que se parecem com o decálogo, mas são formuladas em termos de boa vontade e não de ordens imperativas, são destinadas aos que vivem sem consciência de si mesmos.

Visam ao respeito aos outros no quadro de grupos organizados: não roubar, não prejudicar, perpetuar a tradição familiar, respeitar a vida e os bens de outrem.

O segundo nível diz respeito aos que estão engajados num caminho de busca pessoal e que qualquer um pode seguir, mesmo que não tenha engajamento religioso. Trata-se, agora, de compreender o sentido e não de se calcar sobre uma disciplina ao pé da letra, de adquirir a inteligência da moralidade natural.

Aí aparece a qualidade saturnina de Sila, que rejeita qualquer esperança de uma recompensa por boa conduta e reconhece o bom fundamento da ordem visível.

O terceiro nível dirige-se àqueles que entraram na via da sabedoria, chamada de via dos Boddhisattvas, os humanos que consagram suas múltiplas existências a guiar s outros para o Despertar.

A disciplina interior, a consciência de si, desenvolvidas nesse caminho altruísta conduzem naturalmente a respeitar a ordem do universo no conhecimento constantemente aumentado do carma e do dharma.

Neste livro, todas as sabedorias citadas são as de segundo nível. Não se trata, para a astrologia cármica, de prometer mérito, recompensa ou maldição àqueles que a elas recorrem, nem tampouco erigir-se em juiz do nível de evolução de um ser humano nas etapas, sempre muito pessoais, que ele pode encontrar.

Mas cada uma dessas etapas, se forem reais, e não fruto de alguma evasão do mundo no imaginário, conduz às mesmas tomadas de consciência em todas as filosofias evolucionistas do mundo.

Quem as viveu no seu caminho pode dizer simplesmente: “E, passei por ali. “No caso de Sila, a disciplina construída dia após dia leva a uma tranquilização  progressiva do plano mental, que não teme mais as sanções imanentes e confia na inteligência para esclarecê-lo.

A vontade é reorientada para a estabilidade do mundo interior e o adepto deverá descobrir como ela é inoperante enquanto é animada pela esperança de um ganho, ou de um controle qualquer. A vontade é uma qualidade natural do mental que só se torna nefasta quando serve de instrumento para o desejo.

Torna-se, ao contrário, uma arma perfeitamente eficaz assim que se reunifica em torno de um objetivo preciso como controladora da dispersão.

Podemos compreender, assim, que a questão não é rejeitar as qualidades do mental ou de deixá-las minguar, mas, ao contrário, de “reeducar” este instrumento como um pai vigilante e benevolente o faria com um filho indócil e medroso.

Reconhecer o fundamento de toda resistência e de toda necessidade de segurança é a primeira etapa. O mental, na sua organização, tem-uma razão de ser. E inútil esmiuçá-lo, passá-lo pelo crivo da análise, a menos que o objetivo seja somente o de encontrar um bom equilíbrio mundano. O pesquisador se torna observador desse funcionamento e vai progressivamente decifrar os aprendizados que o condicionaram a funcionar de acordo com seus modos particulares.

Descobrirá bem depressa que essas construções não lhe são específicas, mas simplesmente sobrecarregadas de suas interpretações pessoais. Encontrará no seu caminho a inércia, a recusa à mudança, o peso interior que o habitava, e deverá mobilizar seu desejo para continuar.

Descobrirá suas certezas sob a forma de conhecimentos tranquilizadores  e as passará pelo crivo de um espírito cada vez mais aguçado. É um caminho de sombras que deve ser percorrido com infinita paciência, sem violência, sem procurar uma direção precisa.

E assim que se manifestará o sentido do agora próprio de Saturno. Tudo está presente hoje, na nossa memória, nossas histórias, nossos medos, nossas recusas passadas.

Torna-se evidente, nessa observação clara e cada vez mais lúcida, que os samskaras, esses resíduos memoriais, são reativados no momento pelas situações exteriores, que o mental é apenas um jogo permanente de interações sem nenhuma continuidade e que não temos que dar tanto crédito aos movimentos dos pensamentos.

Nossas crenças emergem, nossos medos surgem, podemos nos lembrar cada vez mais precisamente da origem de nossas afirmações, das lições recebidas, dos sofrimentos anteriores e das respostas que lhes demos. Somos assim hoje...? Não, nós podemos dar uma resposta diferente.

A primeira vez que dizemos “sim” quando respondíamos “não”, a primeira vez que, conscientes do passado que ressurge, tomamos uma outra decisão, espontânea, natural, o sentimento de libertação é imenso. Não é para amanhã, não é para o outro mundo, é agora, a cada fração de segundo, que está tudo em jogo. Sabemos disso.

Não voltaremos mais atrás. O velho demônio saturnino torna-se amigo: emprestávamos a ele nosso parapeito para debruçar-se, podemos emprestar-lhe de novo. Sabemos que o criamos.

Jogo de xadrez com a vida, com a lei, não acreditamos mais no nosso poder irrisório de controle:
encontramos coisa melhor, a liberdade interior de mudar ou de permanecer tal como somos, como quisermos.

Não queremos mais mudar os outros, nem o mundo, e torna-se imperativo ir mais longe na direção pessoal.

A disciplina é, então, organizada em torno de um conhecimento real dos benefícios que dela podemos extrair. Não é uma recompensa: é um clareamento progressivo do caminho, uma alegria de viver no presente, que não tem nada a ver com qualquer moral ou filosofia.

Os aprendizados se desfazem progressivamente, no limite do tempo que lhes deu origem. Serão necessários dias, anos, para que os reflexos condicionados desapareçam. Cada instante da vida torna-se vigilância, a fim de vê-los surgir... e de desfazê-los, elo por elo, nó por nó, com a coragem necessária a cada instante.

A moral, é claro, nós a seguimos cada vez mais, não por medo da polícia, mas porque cada desvio devolve à divisão, ao sofrimento, à noite.

E não queremos mais isso, sabendo que somos seus autores. A necessidade de modelo acaba também por se atenuar. Como poderemos ser nós mesmos e procurar ao mesmo tempo uma diretiva, uma caução?

Mas não é mais a rejeição da autoridade que emprestávamos ao outro. Pouco a pouco vai-se criando uma regularidade no comportamento (ausência de paixão), na certeza crescente: ninguém pode mais nos manipular, a necessidade de convencer para captar o outro e evitar o sofrimento da divisão decresce.

Esse caminho suave, progressivo, constrói uma grande segurança interior. Não nos rejeitando mais, não nos condenando mais, é a espontaneidade que cresce. A inércia se torna mobilidade, a inteligência suplanta o imaginário e se revela mil vezes mais motivadora: passamos para além do universo psicológico da Lua.

Sabemos que a depuração se fará no ritmo possível, mas cabe a nós, a cada instante, levá-la a bom termo. Um dia, quando “Aquilo” quiser.

O mental tem cada vez menos necessidade de referências, de provas, de garantias para assegurar sua perenidade. Encontrou algo mais interessante. E, no fundo, o que interessa é estar interessado. Quando o risco não se revela mortal, quando a inércia não é mais um recurso em si, ele pode muito bem “compreender”.

A Lei internalizada do Pai é uma construção imaginária que configura identidade pessoal, cultural, social e familiar. A figura paterna possibilita o encontro com a alteridade, com a Lei que estabelece os limites do tempo e do espaço.

A disciplina, a ordem, a organização, a alteridade, o comando e a liderança são as qualidades saturninas daqueles que internalizaram a Lei e a Paz no mundo.

Por acaso, surpreendo-me no espelho: que é esse
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, teu rosto... é cada vez menos estranho...
Meu Deus, meu Deus... Parece
Meu velho pai – que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar – duro – interroga:
“O que fizeste de mim ?”
Eu, pai? Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga... Que importa!?
Eu sou ainda...
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia – a longa, a inútil guerra!
Vi sorrir, nestes cansados olhos, um orgulho triste...
(Mário Quintana)

A ILUSAO DO TEMPO

Sexto planeta do sistema solar.
Ano sideral: 29 anos e 167 dias.
Revolução sinódica: 378,1 dias.

PALAVRAS-CHAVE: Crono, Set, Macário, Mahakala, Vishnu,
Atoum.

Coesão, tempo, limite, estrutura, organização, visível.
Mental, inércia, peso, visões falsas, leis mentais.
Responsabilidade, carma, ilusão, vir-a-ser, culpabilidade, pesares, segurança, autolimitação.

Fechamento, perseguição, doenças mentais.
SABEDORIA: A disciplina, a moralidade.
CARMA: O encadeamento da ignorância.

A falta da entrada da lei paterna no lar é um fator crucial que impulsiona o adolescente a cometer uma infração. Em todos os casos de adolescentes, acompanhados na nossa pesquisa, a respeito das quais abriram-se processos judiciais por alguma infração, um dado foi constante:

vivem ainda numa relação dual, ou seja, imaginária, em que o terceiro não entrou na constelação familiar. Esses jovens, talvez inconscientemente, arrumaram uma forma de o terceiro entrar, de maneira inadequada, através de infrações, ou seja, a partir do momento em que não foi estabelecida a lei interna; em contrapartida, fazem surgir a lei externa (Juiz) para interditar essa relação dual.

No desenvolvimento da criança é normal, com o seu crescimento, que outras pessoas assumam a função educadora do pai, como aparece na figura do professor. Mas num desenvolvimento em que ocorreram muitas perturbações e falhas ambientais, o juiz passa a exercer a função paterna no inconsciente da criança e do adolescente.

Quando eles e sua família buscam no juiz uma função de pai, é porque este possivelmente está ausente no psiquismo deles. Nesses casos, os jovens transferem maciçamente para o juiz a esperança de ter o pai que não tiveram.


Quando a criança se identifica com a figura do professor na escola, isso não significa que está buscando nele somente um pai, porque não o tem em casa, ou em seu mundo interno: ao contrário, quando a criança comete uma infração está denunciando que seu pai simbólico está ausente; e que, para sobreviver, precisa de alguém que possa representá-lo, mas que seja muito presente e forte, ainda mais que chega tardiamente”. Gita Wladimirski Goldenberg 
Pesquisado por Dharmadhannyael

este texto é resultado de uma pesquisa inspirada em vários mestres do assunto:
Liz Greene, e outros mestre do assunto.

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